sexta-feira, 17 de setembro de 2010

VIAGEM



                (Soneto a Isa GT)

acaso fosse escrever um poema agora
não o faria, salvo, evidentemente
se eu dissesse que há um mar imenso
que nos separa como um fim do mundo

e mesmo que as palavras ganhem asas
e em voos metálicos cheguem até a ti
ainda assim haveria o mesmo mar, real
separando tuas mãos das minhas...

e conversar, passear, querer ver o mar
nunca se pode quando não há lugar
o mesmo lugar para dois conversarem...

acaso uma felicidade me arrebatasse
tão súbita quanto um canto de chegada
voaria sobre essas águas para te abraçar.

Guina

2 comentários:

  1. Esta agora... até fiquei sem palavras (devo estar doente) lol porque sou daquelas que tem sempre uma palavrita... escondida na manga ;))
    Dedicar-me uma poesia quando sou mais apreciadora de prosa... foi uma traquinice, no entanto, como diz no soneto... aceito o abraço virtual, porque, nos dias que correm, são cada vez mais preciosos.

    Bjos

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