sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AFLIÇÃO



Deixa-me morrer em teus braços
em tua cruz de perdão ser pregado
Deixa-me em teus braços guardado
Como anjo, ladrão, como escravo

Deixa em teus lábios um ar de riso
o olhar sereno de distância calado
Que me quero em teus braços dado
sob a luz dos teus olhos esvaídos

Deixa que eu morra dessas mortes
Que tenho sede de deixar sobre ti
Minha carne cansada e derramada

Deixa um suspiro fluir no teu peito
E um afã noutro seio: o esquerdo!
que ouvindo teu coração, morrerei.

Guina

2 comentários:

  1. Estamos a precisar de poetas que nos ajudem a levantar, acordar e espernear que a morrer já nós estamos e o título diz tudo... numa aflição danada.

    Já agora, tens razão, de preferência e o melhor... será o seio esquerdo, mas... sem morrer ;)))

    Bjos

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  2. Te Amo, e isso é tão natural na minha alma, sem deixar de ser especial.

    Beijos em milhões de beijos para teu coração lusitano, que nos separa por milhões de ondas douradas do Atlântico.

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