sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SAUDADE I

          





                                (para meu irmão, que me matou de saudades, indo para a eternidade)









... e vou me desfiando e me desfazendo
tanto se espalhando como se diluindo
igual a uma pequena nuvem sozinha
a sumir no imenso azul do celestial...


... e me aproveito do voo dos pássaros
para me ver nas ondas de suas asas
como que desaparecido sem me saber
a não me ter em razão da saudade...


... e vou no meio do vazio do silêncio
ninando minha dor pela tua ausência
vivendo aqui com olhos na eternidade


... e me guardo de mim por ti mesmo
acreditando que depois das nuvens
em algum lugar vamos nos reencontrar.


Guina

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